Sempre que pensamos em um novo destino, buscamos lugares que despertem nossos sentidos, e o Sudeste Asiático nos chamava há tempos.
Cores vibrantes, espiritualidade viva, gastronomia exótica, praias de tirar o fôlego e culturas milenares que sobrevivem ao tempo. Era impossível resistir.
Escolhemos essa rota: Malásia, Singapura, Tailândia e Bali.
Sabíamos que viveríamos uma verdadeira imersão em mundos tão diferentes do nosso. Queríamos sair do comum, nos perder em templos sagrados, provar sabores novos, sentir o calor do sol asiático na pele e voltar com a alma transformada.
Cada país nos surpreendeu de um jeito único.
Essa viagem não foi apenas turismo — foi conexão, descoberta e encantamento. E é por isso que decidimos compartilhar tudo por aqui: porque o que vivemos merece ser contado.
Quem sabe, ao final dessa leitura, você também não esteja com as malas prontas?
Sudeste Asiático: Aqui vamos nós!
Singapura
Fomos pela Emirates, e o serviço de bordo foi excelente. Como estávamos viajando com amigos, optamos por fazer um cruzeiro saindo então de Singapura.
Singapura é um país localizado no Sudeste Asiático e apresenta um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo.
Seu território é altamente urbanizado, mas quase metade dele é coberto por vegetação. Ainda assim, novas áreas estão sendo criadas para o desenvolvimento por meio do processo de aterramento marítimo.
Em 1819, foi fundado um posto comercial em Singapura pela Companhia Britânica das Índias Orientais, sob a liderança de Sir Stamford Raffles.
Em 1963, o território uniu-se a outros ex-colônias britânicas para formar a Malásia, mas tornou-se um Estado totalmente independente dois anos depois.
Desde então, o país registrou um crescimento econômico impressionante, baseado principalmente na indústria e nos serviços.
Atualmente, é o quarto maior centro financeiro do mundo e o terceiro maior polo de refino de petróleo. Seu porto está entre os cinco mais movimentados do planeta.
A “prima rica” do Sudeste Asiático
Singapura abriga o maior número de famílias milionárias em dólares per capita do mundo.
O Banco Mundial a considera o melhor lugar do planeta para se fazer negócios, o que a coloca entre os países mais ricos do mundo.
Na prática, trata-se de um regime autoritário, com um governo forte, experiente e altamente qualificado, sustentado por um serviço civil especializado e um sistema educacional que valoriza o desempenho e a meritocracia.
No entanto, o partido governante é visto por alguns eleitores, críticos da oposição e observadores internacionais como excessivamente autoritário e restritivo quanto às liberdades individuais.
Aproximadamente 5 milhões de pessoas vivem em Singapura, das quais 2,91 milhões nasceram no país. A maioria da população é formada por descendentes de chineses, malaios e indianos.
O recente investimento na descontaminação dos rios e a crescente preocupação com a natureza fizeram com que os animais voltassem a habitar a cidade.
Conhecendo a cidade
Caminhando pelo calçadão das lojas futuristas — como as da Apple e da Louis Vuitton, podemos ver lontras se espreguiçando e brincando entre si, com seus filhotes por perto.
Ocasionalmente, um corvo aparece, observando atentamente se consegue roubar algum peixe da boca dos pequenos.
A cidade impressiona com prédios modernos e arquitetura arrojada.
As pessoas nas ruas são elegantes, e Singapura fica ainda mais bonita à noite, quando as luzes coloridas se acendem.
Logo que chegamos, percebemos como os moradores são solícitos e educados.
Mas atenção às regras:
- não se pode mascar chiclete,
- atravessar fora da faixa,
- cuspir no chão.
Confesso que, como empresários, às vezes entendemos essa regra do chiclete, já que a limpeza precisa lidar com isso constantemente. Custava jogar no lixo?
Passear à noite pelo calçadão é uma delícia.
Há ótimos restaurantes e muitos pontos para tirar fotos lindas com vista para o rio.
Não conseguimos subir no Marina Bay Sands, o prédio mais alto da cidade, porque os ingressos estavam esgotados.
Se puderem, tentem ir à noite — dizem que a vista é ainda mais incrível. No térreo, há um restaurante excelente, com um cardápio variado e de alta qualidade.
Dica importante
Vale lembrar que comer em Singapura pode ser desafiador para nós, já que a culinária local é bem diferente da brasileira.
Uma das principais atrações da cidade é o Gardens by the Bay, com suas icônicas “superárvores” que se iluminam em um espetáculo noturno de luzes.
Para nós, o ponto alto foi visitar o Cloud Forest e o Flower Dome Conservatory — vale muito a pena comprar ingresso para essas duas atrações.
O Cloud Forest já te recebe com uma queda-d’água impressionante e um clima misterioso, com jatos de água que criam uma neblina mágica dentro da estufa em forma de globo.
Já no Flower Dome, as flores e cores despertam aquela vontade de cultivar plantas em casa. A delicadeza da natureza ali transmite uma sensação de plenitude indescritível.
Primeira parada no Sudeste Asiático: Kuala Lumpur (Malásia)
Descobrindo Kuala Lumpur
A primeira parada do cruzeiro foi em Kuala Lumpur, na Malásia, um país do
Sudeste Asiático que compreende dois territórios distintos: a parte sul da península malaia e as ilhas adjacentes.
Os territórios da península foram unificados pela primeira vez como a União Malaia em 1946, alcançando a independência em 1957.
O país é multiétnico e multicultural, características que influenciam fortemente sua política.
A constituição declara o islamismo como religião oficial, mas garante a liberdade religiosa. Segundo nosso guia, as escolas são separadas por grupos religiosos: muçulmanos, chineses e hindus.
O casamento entre eles é permitido, mas, se um chinês ou hindu quiser se casar com uma muçulmana, ele precisa se converter ao islamismo, caso contrário, pode até ser preso.
Sobre a Malásia
A Malásia é uma monarquia constitucional federal eletiva.
O chefe de Estado é o rei, chamado de Yang di-Pertuan Agong (Líder Supremo), eleito a cada cinco anos entre os governantes hereditários dos nove estados malaios. O chefe de governo é o primeiro-ministro.
Desde sua independência, a Malásia apresenta um dos melhores desempenhos econômicos da Ásia, com crescimento médio de 6,5% ao ano.
A economia, antes centrada nos recursos naturais, hoje se expande também nos setores de ciência, turismo, comércio e turismo médico.
Logo associamos Kuala Lumpur às Batu Caves, com seu imponente Buda dourado diante de uma escadaria que leva a uma caverna.
Durante a subida, é comum ver macacos, que pegam às vezes alimentos e leite deixados como oferenda no templo. As escadas são coloridas, refletindo a tradição hindu de usar muitas cores.
O povo é muito acolhedor.
Como a culinária local é bastante diferente da nossa, optamos por consumir alguns produtos industrializados para evitar imprevistos — ainda assim, tive duas gastroenterites durante a viagem.
Passamos rapidamente pelas Petronas Twin Towers, com sua arquitetura islâmica impressionante.
Embora não tenhamos subido os 88 andares, o prédio é impactante por si só.
No marco zero de Kuala Lumpur está a Merdeka Square, uma praça cercada por edifícios históricos e uma enorme bandeira da Malásia.
Caminhando pelos arredores, há mercados onde turistas podem comprar lembrancinhas e experimentar curiosidades locais, como a fruta durian, muito apreciada por lá.
Ela lembra uma jaca pequena e tem um aroma bem forte.
A próxima parada foi George Town, também na Malásia.
Alugamos bicicletas para explorar a cidade e visitamos um templo à beira-mar, próximo a palafitas, muito bem conservado.
Sobre o Taoismo
Outro templo que me tocou especialmente foi um templo taoista, onde a família homenageava seus antepassados, agradecendo pelo esforço de pais, avós e bisavós em proporcionar lar, comida, estudo e conforto às gerações seguintes.
O Taoismo é uma tradição filosófica e religiosa chinesa que enfatiza a harmonia com o “Tao”, que significa “caminho” ou “ordem natural do universo”.
Depois deixamos as bicicletas e caminhamos pela cidade.
Há diversos painéis pintados nas paredes, pensados para interação e fotos, um verdadeiro museu a céu aberto.
Uma loja, em especial, chamou nossa atenção: era especializada em gatos e exibia o “Michael Jackson gato”, dirigindo uma kombi ou vestido de super-herói.
Em Langkawi, as montanhas ao longe parecem pequenos montes.
Optamos por apreciar a vista do alto, no mirante.
Mas fica uma dica: se estiver viajando durante o mês do Ramadã (como foi o nosso caso), prepare-se para filas maiores, pois o horário de trabalho é reduzido para facilitar o jejum.
A vista é bonita, mas talvez alugar um barco para explorar as praias próximas seja uma experiência ainda mais interessante — afinal, são inúmeras ilhas ao redor.
Próxima para no sudeste asiático: Phuket, Tailândia
O cruzeiro parou em Phuket, na Tailândia.
Com uma área de 513.120 km², o país é o 50º maior do mundo em extensão territorial e o 20º mais populoso, com 67,7 milhões de habitantes.
A religião predominante é o budismo, seguido por cerca de 95% da população. A Tailândia é uma monarquia constitucional, ou seja, o primeiro-ministro é o chefe de governo, enquanto o monarca é o chefe de Estado.
A água do mar é azul-esverdeada e transparente…
Os passeios de barco para turistas são organizados de forma interessante: alguns barcos são mais rápidos e adequados para pessoas com até 70 anos, pois sobem e descem com as ondas, o que pode ser desconfortável para a coluna; outros são mais lentos e indicados para os turistas acima de 70 anos.
Sim, a Ko Phi Phi Leh existe
Após cerca de uma hora de navegação, chegamos a Ko Phi Phi Leh.
Avistamos as formações rochosas típicas da região, com contornos arredondados e vegetação cobrindo suas encostas.
Se você tem tendência a sentir frio, não precisa se preocupar: a água não é gelada. Pode-se usar uma camiseta de mergulho, e vale a pena levar nadadeiras menores, daquelas usadas em piscinas, que são mais práticas e ocupam menos espaço na mala.
Máscara e snorkel também são recomendados, para quem prefere usar o próprio equipamento.
Também é possível pedir um “macarrão” de flutuação, que ajuda a permanecer mais tempo na água. Em algumas paradas, conseguimos ver diversos peixes coloridos bem de perto.
Maya Bay
O governo tailandês restringiu, desde 2018, a entrada de turistas na praia de Maya Bay (na ilha de Ko Phi Phi Leh) e, por um período, proibiu totalmente o acesso para preservar o meio ambiente.
Isso ocorreu porque o local sofreu sérios danos ecológicos após se tornar mundialmente famoso com o filme A Praia (2000), estrelado por Leonardo DiCaprio.
A grande quantidade de visitantes afetou os corais, a fauna marinha e o ecossistema costeiro.
Mas sen duvidas, ela vale muito ser observada, uma vez que a vista é deslumbrante!
A água bate nas pedras e esculpe a parte de baixo, formando veios lindos, com a transparência esverdeada ao fundo.
Em Ko Phi Phi Don, fizemos uma parada para o almoço e aproveitamos para caminhar pela ilha.
A última parada do dia foi em Ko Mai Phai, onde encontramos uma praia encantadora, com areias brancas ideais para uma caminhada.
À noite, passeamos pelas ruas de Patong.
Há lojas de cannabis e bares com mulheres dançando sobre os balcões — um pouco pesado, na minha opinião. Também vimos algumas extravagâncias, como a venda de escorpiões no palito, para comer.
Uma experiência única emKathu
Em Kathua, tivemos a oportunidade de alimentar uma elefanta com bananas e fazer carinho em sua tromba.
Outra experiência possível é o banho com o elefante: vestimos roupa de banho, entramos em uma pequena piscina e podemos esfregar o animal — geralmente uma fêmea.
À tarde, fomos à cidade velha de Phuket.
Visitamos um templo lindo (embora não tenhamos conseguido entrar) e caminhamos por ruas cheias de lojinhas com lembrancinhas para comprar.
Próxima parada no sudeste asiático: Indonésia
A Indonésia é um país localizado entre o Sudeste Asiático e a Austrália, sendo o maior arquipélago do mundo. Sua posição entre dois continentes — Ásia e Oceania — faz dela uma nação transcontinental.
O país é uma república, com poder legislativo e presidente eleitos por sufrágio universal. Sua capital é Jacarta, que abriga cerca de 10 milhões de habitantes.
A economia indonésia é a 16ª maior do mundo e ocupa a 7ª posição em paridade do poder de compra.
Apesar de sua grande população e de regiões densamente povoadas, a Indonésia possui vastas áreas desabitadas e é considerada um dos países mais biodiversos do planeta.
Um pouco de história deste pedacinho do sudeste asiático
A história da Indonésia foi fortemente influenciada por potências estrangeiras atraídas por seus vastos recursos naturais.
Comerciantes árabes muçulmanos trouxeram o islamismo, que hoje é a religião predominante no país.
Potências europeias, por sua vez, introduziram o cristianismo e disputaram entre si o controle do lucrativo comércio de especiarias nas Ilhas Molucas, durante a Era dos Descobrimentos.
Após três séculos e meio de colonização holandesa, a Indonésia conquistou sua independência ao final da Segunda Guerra Mundial.
Desde então, sua trajetória tem sido marcada por turbulências, com desafios como catástrofes naturais, corrupção política, movimentos separatistas, o processo de democratização e períodos de rápidas transformações econômicas.
Atualmente, a Indonésia é uma república presidencialista unitária composta por 34 províncias.
Ao longo de suas milhares de ilhas, o povo indonésio se distribui entre diversos grupos étnicos, linguísticos e religiosos.
O lema nacional Bhinneka Tunggal Ika (“Unidade na diversidade”) expressa a pluralidade presente no país.
A Indonésia é rica em recursos naturais, embora a maior parte da sua população viva com baixa renda.
Sobre Jacarta
A próxima parada foi Jacarta, uma cidade grande e populosa.
Há muitas motos nas ruas, e nem sempre as pessoas utilizam capacetes. Vi com frequência casais com dois filhos na mesma moto, todos sem proteção.
Iniciamos o passeio pelo Monumento Nacional de Monas, localizado em um extenso jardim onde várias famílias aproveitavam o dia, e ao longe, avistamos um grupo musical se apresentando.
Visitamos uma igreja católica, cujos santos estavam cobertos com panos roxos — uma tradição que antecede a Páscoa.
Em frente à igreja havia uma mesquita, mas, infelizmente, não conseguimos entrar, mesmo cobrindo os cabelos, pois o acesso estava restrito.
Em seguida, fomos ao Museu de Jacarta, onde pudemos ver peças da pré-história e belíssimas esculturas hindu-budistas — alguns budas, inclusive, vieram de Borobudur.
Chegamos a considerar alugar uma bicicleta para explorar a cidade, mas o trânsito em Jacarta é muito perigoso, o que nos fez desistir da ideia.
Semarang um patrimônio da Unesco do sudeste asiático
A próxima parada foi em Semarang.
Apesar da distância de 2h30, fomos visitar o patrimônio mundial da UNESCO, Borobudur. Para chegarmos a tempo de retornar ao navio, dois carros da polícia abriram caminho para os ônibus da excursão.
Logo na chegada, cada visitante recebe um calçado feito de fibra natural, oferecido para evitar danos ao monumento, já que milhares de pessoas o visitam diariamente.
Além disso, o tempo máximo de permanência no local é de uma hora por pessoa.
Conhecendo a história
Borobudur é uma pirâmide de nove andares, composta por seis plataformas quadradas e três circulares.
Nos primeiros andares, há painéis que contam histórias com ensinamentos budistas. O primeiro painel que vimos — com a ajuda do guia local — mostra um grupo de pessoas bonitas que, em seguida, aparecem fofocando.
Como a sociedade vê a fofoca como algo negativo, ela faz com que essas pessoas renasçam feias em uma próxima vida.
Outra história conta sobre um Buda que nasce, e os céus duvidam de sua missão.
Então, Deus desce à Terra na forma de um gavião, trazendo um pequeno pássaro e encenando uma perseguição. O Buda impede a cena e oferece ao gavião um pedaço de sua própria carne, equivalente ao peso do passarinho.
Após o sacrifício, o tecido se regenera. Podemos interpretar essa história de várias formas, como a ideia de que, ao nos dedicarmos ao outro, mesmo com esforço ou dor, não nos ferimos de verdade, pois o bem retorna.
Nos andares superiores, os painéis desaparecem, simbolizando que se ultrapassou a fase do aprendizado…
No topo, há estupas que se assemelham a sinos, com orifícios quadrados ou diagonais, dentro das quais há estátuas de Buda.
A última estupa, porém, está vazia — representando o Nirvana, um estado de vazio, sem desejos e sem forma.
Finalizamos o passeio com um almoço, onde conhecemos uma fruta chamada “pele de cobra”, cuja casca realmente lembra escamas brilhantes, de cor marrom-escura.
Por dentro, lembra sementes de jaca comestíveis. Mas, sinceramente, a nossa jaca ainda é melhor!
Surabaya também no sudeste asiático
Na próxima parada, Surabaya, começamos visitando uma mesquita azul que estava vazia, o que facilitou a observação dos detalhes da bonita arquitetura.
Eles emprestam lenços, mas é sempre bom levar echarpes para cobrir os cabelos.
Em seguida, fomos ao Kenjeran Park, onde vimos uma grande estátua de Buda com quatro faces — voltadas para o norte, leste, sul e oeste — simbolizando as diversas perspectivas do Buda.
A figura possui vários braços, representando a capacidade de acolher a todos.
Depois, seguimos para Sucolilo, onde visitamos um templo repleto de velas, localizado em frente a um mangue.
No mangue, conseguimos observar um peixe que, além de nadar, rasteja.
O portal de acesso ao mangue é ornamentado com estátuas brancas na parte superior e com um dragão na base, representando o duelo entre o bem e o mal.
As mais belas praias do sudeste asiático
Hospedagem em Ubud
Ficamos em Ubud, uma cidade de ruas bem estreitas, com muitas motos e um trânsito caótico.
No dia da chegada, visitamos Pandang Pandang, uma praia maravilhosa, com mar azul-piscina, sem ondas e com sombra natural proporcionada por uma rocha lateral coberta de árvores.
Curtimos o lugar por cerca de duas horas e depois seguimos para Uluwatu.
Não achei a dança Kekak muito interessante, mas a vista compensou…
Atenção aos macacos: vimos vários roubando óculos de grau e de sol, quebrando-os e ameaçando turistas em troca de comida.
Meu conselho é, se possível, tirar óculos e chapéus.
Um deles tentou pegar a minha echarpe e foi uma cena inusitada: eu puxando de um lado, ele do outro, até que o Luís bateu o pé no chão e o macaco fugiu.
A força de Suluban Beach
Ainda nesse dia, fomos à Suluban Beach, uma praia de surfistas com ondas fortes. O lugar é muito bonito, mas não tem faixa de areia para tomar sol.
No dia seguinte, visitamos o Monkey Forest. Achei o lugar bonito e bem cuidado.
Como o próprio nome diz, também há muitos macacos por lá — vi um deles pegando o chapéu de uma criança.
Uma das cenas mais engraçadas foi ver os macacos jovens jogando uns aos outros em uma pequena fonte com uma árvore no centro. Pareciam humanos brincando!
Depois, fomos ao templo Pura Ulun Danu, onde presenciamos uma cerimônia hindu de oferendas.
O lugar é tranquilo, com muitos jardins floridos e uma bela vista do lago. Depois de algumas horas, chegamos a Tanah Lot, de onde se tem paisagens lindas do mar.
O melhor do sudeste asiático: Nusa Penida
No dia seguinte, vivemos o ponto alto da viagem: Nusa Penida (e por isso terá mais fotos..rs..)
Acordamos às 6h, pegamos o carro e depois de 45 minutos chegamos ao porto. De lá, seguimos de barco por mais 45 minutos até a ilha.
Um motorista local nos levou até a praia Diamond…
Do alto, avistamos o mar com um azul deslumbrante e descemos pelas escadas laterais com vista incrível! Vale muito a pena descer, mas é importante tomar cuidado com as ondas fortes e o desnível acentuado.
As rochas da montanha têm tom acinzentado com listras horizontais e vegetação no topo. Recomendo usar chapéu de pescador ou similar — só o boné pode deixar o pescoço exposto, mesmo com protetor solar.
Depois, fomos ao mirante ao lado da praia Diamond, chamado Tree House Molenteng.
A vista vale uma parada.
Mais tarde, tivemos uma bela surpresa: a praia de Kelingking, uma das imagens clássicas de descanso de tela, com o formato que lembra a cabeça de um dinossauro.
A escada é íngreme, mas a descida vale a pena. O sol deixou a paisagem ainda mais viva.
Outro destino paradisíaco? Angel’s Billabong
Outra praia que merece destaque é Angel’s Billabong, com uma piscina natural entre as rochas, e a Broken Beach, que possui um túnel no meio da formação rochosa.
Embora sejam mais distantes, o acesso é fácil — ótimos lugares para fotos! Voltamos para pegar o barco das 17h (há horários específicos para o retorno, por isso é bom confirmar com antecedência).
No último dia, visitamos as cachoeiras.
A primeira foi Tukad Cepung, que conta com uma piscina construída próxima à queda-d’água para quem quiser aproveitar.
Felizmente, no dia em que fomos, não sofremos com picadas de insetos.
A segunda, Tibumana, não nos agradou tanto, pois a água estava marrom e não animou para o mergulho.
Já a Kanto Lampo é linda, com vários degraus que formam um véu de água.
A temperatura é agradável e pudemos renovar as energias sob a queda.
A última foi Tegenungan, uma cachoeira única e de forte vazão.
Não é possível entrar debaixo dela, mas dá para mergulhar no lago que se forma abaixo.
Ah, há cordas para ajudar na entrada.
E sobre comprinhas?
O mercado da cidade é movimentado e vale a visita.
É importante pechinchar! Veja os mesmos produtos em diferentes barracas e só depois faça sua oferta. Os descontos costumam compensar bastante.
Quais são nossas considerações?
O Sudeste Asiático é uma região fascinante, repleta de contrastes que encantam e surpreendem a cada experiência.
Suas paisagens naturais, de praias paradisíacas a arrozais e florestas tropicais, convivem harmoniosamente com a riqueza espiritual de templos budistas e hinduístas, mercados vibrantes e uma culinária cheia de sabores intensos e únicos.
Mais do que destinos turísticos, os países do Sudeste Asiático oferecem aprendizados culturais profundos, acolhimento caloroso e momentos de reflexão sobre outras formas de viver.
Cada lugar visitado nos ensinou algo: a força da fé, o respeito às tradições e a capacidade de encontrar beleza no simples.
Apesar dos desafios, como o calor intenso, a barreira do idioma ou os deslocamentos longos, voltamos transformados, com a bagagem cheia de memórias e o coração grato por tudo o que vivemos.
Sem dúvida, é uma região que merece ser explorada com mente aberta, sensibilidade e espírito de aventura.
Por fim, a viagem foi corrida, mas, como não sabemos se voltaremos para a Indonésia ou Tailândia, resolvemos aproveitar ao máximo e visitar quase todas as atrações.
Uma dica? Respeite seu ritmo: há quem prefira ficar em um único lugar e curtir com mais calma — o que também pode ser uma ótima opção.